Música Aleatória

Thursday 3 May 2012

Ein Lach Ma Lid'og - Uzi Fuks
אין לך מה לדאוג - עוזי פוקס

Uzi Fuks conta:

“A música, que virou um grande sucesso durante a Guerra de Yom Kipur, era na verdade um cartão postal enviado a Telma Eligon por seu irmão que que estava servindo em um dos batalhões. Ele escreveu que lhe faltavam cuecas, regatas e papel higiênico, pediu para que não mandasse bolos e contou sobre os bombardeios e sobre a moral. Telma fez do cartão postal uma poesia e Kobi Oshrat fez a melodia.

“Na mesma época Kobi e eu estávamos trabalhando no meu primeiro álbum, e artistas eram mandados em grupos para todos os postos no Egito, e claro que em toda Israel, e nós estávamos no grupo onde também estava Tzvika Pik, Ioni Nameri, Gavi Shushan, Ruti Navon e Moti Giladi. Nos deram um descanso de 24 horas da frente de batalha quando Kobi recebeu a canção de Telma. Eu me lembro que estávamos voltando de uma partida de futebol em Bat-Iam e sobre a motocicleta nasceu a canção. Nesse momento havia muitos artistas que estavam gravando canções de guerra e decidimos gravar a canção nos estúdios Triton. A canção foi gravada com o verso no refrão original “Mande-me papel higiênico”. Quando a canção saiu para as rádios essa frase causou uma sensação, foi formada uma comissão especial de professores e acadêmicos que protestaram veementemente que saiu uma frase assim nas transmissões. Não tivemos escolha e na folga seguinte gravamos novamente a canção, desta vez sem “papel higiênico”.
“A canção foi tocada na Galei Tzahal e no Kol Israel e virou história. Quando chegava para as apresentações os soldados simplesmente enlouqueciam, não acreditei que isso estava acontecendo, e na verdade essa canção me acompanha até hoje, e também hoje há pessoas do público que de vez em quando gritam pra mim “eu era soldado e você se apresentou para nós no Golan.” Isso é muito emocionante. Eu fico muito feliz que essa canção veio justo pra mim bem num tempo de guerra tão difícil e que a canção alegrava os soldados.

“Uma lembrança que me acompanha desde então é uma apresentação para uma unidade anti-aérea na fronteira com a Síria. Quando começou a apresentação, um navegador sírio mirou em nós e começou a atirar. Começamos a tomar bombas de todos os lados. Decidimos não parar com a apresentação, queríamos provar a eles que nós não desistimos, foi uma loucura. Toda a época da guerra foi uma loucura, íamos de um lugar a outro, nos apresentávamos todo dia, às vezes seis ou sete apresentações por dia, sem intervalos ou descanso.”

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